segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Deixas em mim Tanto de Ti

A noite não tem braços
Que te impeçam de partir,
Nas sombras do meu quarto
Há mil sonhos por cumprir.

Não sei quanto tempo fomos,
Nem sei se te trago em mim,
Sei do vento onde te invento, assim.
Não sei se é luz da manhã,
Nem sei o que resta em nós,
Sei das ruas que corremos sós,
Porque tu,

Deixas em mim 
Tanto de ti,
Matam-me os dias,
As mãos vazias de ti.

A estrada ainda é longa,
Cem quilómetros de chão,
Quando a espera não tem fim,
Há distâncias sem perdão.

Não sei quanto tempo fomos,
Nem sei se te trago em mim,
Sei do vento onde te invento, assim.
Não sei se é luz da manhã,
Nem sei o que resta em nós,
Sei das ruas que corremos sós,
Porque tu,

Deixas em mim
Tanto de ti,
Matam-me os dias,
As mãos vazias de ti.

Navegas escondido,
Perdes nas mãos o meu corpo,
Beijas-me um sopro de vida,
Como um barco abraça o porto.

Porque tu,
Deixas em mim
Tanto de ti, 
Matam-me os dias,
As mãos vazias de ti.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Que's

Que insegurança. Que incerteza. Que indefinição. 
Que dor. Que saudade. Que dificuldade.
Que vontade de chorar. Que impotência. 
Que nada. Que zero. Que vazio.

Sinto-me completamente frágil por dentro. 
Sei lá qual o termo correto! Hoje não sei nada. Há dias em que não temos uma única certeza. Há dias em que por mais que a chuva nos molhe, não consegue despertar uma única sensação. Nada se altera. Falta de vontade de tudo. Saudades de nada. Incerteza de certezas que nunca foram certezas. 
Que incapacidade de explicar o que quer que seja. Que dor indefinida. Que sensibilidade escondida.
São dias.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Pensamentos..

Os bens materiais não têm vida própria, aprendi isso ao longo da vida.
Aprendi que as melhores prendas respiram aqui, comigo, ao meu lado. Ouvir as histórias. Partilhar os momentos. Construir memórias. Recordar quem um dia esteve do nosso lado.
Temos de olhar à nossa volta e chegar à conclusão que, de facto, temos razões para sorrir. Se os amigos sorrirem connosco. Se a família estiver sempre lá para nos estender a mão sem pedir nada em troca. Se tivermos quem alinha connosco nas maiores loucuras. Quem se preocupa. Quem dá muito de si em prol de uma verdadeira amizade, um verdadeiro amor.

domingo, 12 de outubro de 2014

5 anos

"Tem sempre aquela dorzinha aguda no peito, aquela saudadezinha filha da mãe gritando no ouvido a falta que ele faz"


5 anos.
Que saudade. Que vazio. Que vazio incapaz de ser preenchido pelas recordações, pelas lembranças, pelas memórias. 
5 anos sem ti. Sem o teu sorriso. Sem a tua forma de ser. Sem as tuas palavras. Sem o teu aconchego. 5 anos sem voltas de mota. 5 anos sem apanhas de ameijoa na ria de Aveiro. 5 anos sem acampamentos. 5 anos sem a tua presença no lugar principal da mesa. Não consigo não me lembrar.
Penso em ti. Penso. Todos os dias. Tenho mil saudades tuas. Saudades de ti, de tudo.
Olha sempre por mim, meu querido avô.